quinta-feira, 15 de julho de 2021

Desigualdade Social
















         Entende-se por desigualdade social, em linhas gerais, a privação de certos direitos e recursos a indivíduos ou grupos, colocando indivíduos de uma mesma sociedade em situações distintas de vida, como por exemplo, ricos e pobres. Para compreendermos a existência e persistência da desigualdade social nos dias de hoje temos que levar em consideração três elementos fundamentais, a estrutura social, a estratificação e a mobilidade.


           A estrutura social diz respeito à maneira através da qual uma sociedade se organiza historicamente, socialmente, politicamente e culturalmente.  As Ciências Sociais buscam a explicação dos fenômenos sociais através justamente da análise dessa estrutura.  Podemos dizer que a sociedade brasileira, por exemplo, é uma sociedade patriarcal, isto é, que se fundamentou oferecendo supremacia aos homens no acesso aos diversos direitos e bens.  Esse é apenas um dentre os diversos elementos que constituem a estrutura da sociedade brasileira. Na sociedade brasileira contemporânea ainda se pode notar os efeitos nefastos desse aspecto de sua estrutura social na dificuldade da ascensão social das mulheres.  Por mais que diversos avanços tenham sido alcançados recentemente, podemos afirmar que ainda há uma enorme desigualdade entre homens e mulheres na sociedade brasileira atual.  Em pesquisa divulgada pela Catho em março de 2017, analisando a remuneração do trabalho no Brasil, constatou-se que os homens ganham mais do que as mulheres em todos os cargos.

           Outro elemento fundamental para entendermos o que é desigualdade social é o conceito de estratificação. A sociedade estratificada é aquela dividida em camadas sociais diferentes.  Com base na posição do indivíduo na pirâmide social, ele terá mais ou menos acesso a determinados bens e direitos.  A pirâmide social, portanto, é uma ótima ferramenta para entendermos o conceito de estratificação social, pois torna evidente a divisão em camadas de uma sociedade estratificada.  Se tomarmos como exemplo a sociedade brasileira compreendida entre os séculos XVI e XVII - a chamada sociedade açucareira - perceberemos que ela era constituída por três camadas sociais: Os senhores de engenho, os homens livres e os escravos

       O terceiro elemento que havíamos elencado como constituintes da noção de desigualdade social é a mobilidade social.  Ela ocorre quando um indivíduo que pertence a uma determinada classe social ascende socialmente passando a ocupar uma outra camada dessa mesma sociedade.  Em algumas sociedades que possuem uma estratificação muito rígida, como no caso da sociedade de castas da Índia, é impossível a mobilidade social. Se você nasceu em uma certa casta da sociedade indiana, você morrerá fazendo parte daquela mesma casta, estando impossibilitado de ascender socialmente.

            A mobilidade social intergeracional está ligada indiretamente ao Coeficiente de Gini. O Coeficiente de Gini é um indicador que mede a desigualdade social em um país, ele vai de zero a um, sendo zero nenhuma desigualdade e um o máximo de desigualdade, comparativamente. Países com grande desigualdade social, apresentam baixa mobilidade e os grupos dominantes tendem a transferir privilégios para as gerações seguintes.

         Um importante indicador de democracia é a mobilidade social de uma sociedade. A mobilidade representa relativa igualdade de oportunidades independente das características do indivíduo. Entretanto, estudos sobre mobilidade demonstram que a mobilidade intergeracional tende a zero na maioria dos países.

          Podemos dizer que uma das causas principais da desigualdade social é a má distribuição de renda, que faz com que a maioria dos recursos sejam destinados principalmente a uma minoria abastada da sociedade, restringindo a diversas camadas da sociedade o acesso a subsídios econômicos, educacionais, de saúde e segurança. Há diversos tipos de desigualdade social: desigualdade racial, pobreza, dificuldade no acesso à moradia, segurança pública, desemprego, educação de má qualidade, desigualdade digital, de gênero, regional, entre outros.


Exercício

1) O que se entende por Desigualdade Social?

2) Quais três elementos fundamentais devemos considerar para compreendermos a existência e persistência da desigualdade social?

3) A que diz respeito a estrutura social?

4) Qual relação existe entre estrutura social e as ciências sociais?

5) A sociedade brasileira é patriarcal. O que é uma sociedade patriarcal?

6) Qual efeito nefasto desse aspecto de estrutura social o texto aponta?

7) O que acontece entre homens e mulheres na sociedade brasileira?

8) O que divulgou uma pesquisa, analisando a remuneração do trabalho no Brasil?

9) O que é uma sociedade estratificada?

10) O que vai determinar se o indivíduo terá mais ou menos acesso a determinados bens e direitos?

11) O que é a Pirâmide Social? O que ela evidencia?

12) Como era constituída a sociedade brasileira entre os séculos XVI e XVII? Quais camadas sociais a compunham?

13) Como ocorre a mobilidade social?

14) Em quais casos se torna impossível a ascensão social? Qual exemplo é citado?

15) O que é Coeficiente De Gini? Quais valores ele usa para medir a desigualdade? E o que representa esses valores?

16) O que acontece com países de grande desigualdade social?

17) O que representa a mobilidade?

18) O que demonstram estudos sobre a mobilidade?

19) O que podemos apontar como uma das causas principais da desigualdade social? De que modo atua?

20) Quais são os diversos tipos de desigualdade social?

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Direitos Humanos











Declaração Universal dos Direitos Humanos

Fazem parte dos Direitos Humanos todo um conjunto de direitos fundamentais, os quais todos os seres humanos, de todos os povos e nações, devem usufruir pelo simples fato de existirem, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, nacionalidade ou posicionamento político. São direitos tidos como universais, aplicáveis a todos os homens e mulheres do planeta, sem nenhuma distinção. Ainda que cada nação ou grupo tenha seu próprio escopo jurídico, os direitos humanos devem ser aplicáveis em todo e qualquer território. Mesmo que escassamente praticado – especialmente em países pobres ou com uma longa tradição de autoritarismo político – o respeito aos direitos humanos é considerado pré-requisito para o exercício pleno da democracia.

Os Direitos Humanos são históricos, o que quer dizer que mudam através do tempo, respondendo as necessidades e circunstâncias específicas de cada momento. A ideia de Direitos Humanos,  tal como a conhecemos, é bastante recente, mas tem precedentes históricos nascidos sob a égide do pensamento liberal moderno. São anteriores, por exemplo, a Carta Magna – de 1921, que delimitava o poder dos monarcas ingleses – e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – documento de 1787, que estabelece a igualdade jurídica dos homens em meio ao processo da Revolução Francesa. Entretanto, o documento internacional que deve se ter por base hoje, quando falamos em Direitos Humanos, foi formulado no contexto pós Segunda Guerra e adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. Trata-se da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).

A DUDH é formada por 30 artigos que versam sobre direitos inalienáveis – tanto individuais, quanto coletivos – que, em conjunto, deveriam assegurar a liberdade, a justiça e a paz mundial. Há de se lembrar que esse documento foi redigido após o mundo passar por uma guerra perversa, marcada pela brutalidade genocida de regimes fascistas. Entre outros direitos, esse conjunto de artigos declara o direito à vida, o direito a não ser escravizado, não ser preso ou exilado de forma arbitrária, o direito de contar com a presunção da inocência e ser tratado com igualdade perante as leis e o direito à privacidade e à livre circulação, incluindo a imigração. Também ficam declarados, nesse mesmo documento, os direitos à livre expressão política e religiosa, e à liberdade de pensamento e de participação política. O lazer, a educação, a cultura e o trabalho (exercido livremente e remunerado de forma a garantir uma vida digna a família do trabalhador) também são declarados como direitos humanos fundamentais.

A DUDH não tem força de lei, mas a partir dela se formularam uma série de constituições e tratados internacionais mais específicos – voltados aos direitos das crianças, ao combate a tortura e a discriminação racial e de gênero, por exemplo. No Brasil há uma porção de organizações que se articulam em torno da defesa e promoção dos direitos humanos. A atuação dessas instituições foi importantíssima na denúncia dos crimes cometidos pelo regime militar. Hoje, elas continuam essenciais no debate público sobre a violação desses direitos, que atinge, especialmente, grupos socais mais vulneráveis.

 

Exercício I

Sobre o texto acima, responda:

1-      O que fazem parte dos Direitos Humanos?

       2- A quem se aplica esses direitos?

      3-      Onde devem ser aplicados os Direitos Humanos?

4         – Em que tipos de países os Direitos Humanos é escassamente aplicado?

5         – Qual relação existe entre Direitos Humanos e Democracia?

6         – O que significa dizer que os Direitos Humanos são históricos?

7         – Antes dos Direitos Humanos , tal conhecemos hoje, há exemplos de atitudes precedentes semelhantes. Quais foram e o que determinaram tais precedentes?

8         Quando foi formulado, e por qual instituição foi adotada a Declaração Universal dos Direitos Humanos?

9         Sobre o que versam os 30 artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos? E com qual fim?

10     Declaração Universal dos Direitos Humanos foi redigida após o mundo passar pelo quê?

11     Entre outros direitos, o que declara o conjunto de artigos que compõe a Declaração Universal dos Direitos Humanos?

12     E mais o quê também ficam declarados?

13     A Declaração Universal dos Direitos Humanos não tem força de lei, mas a partir dela, o que se formularam?

14     O que podemos dizer sobre os Direitos Humanos no BraSil?

 

 Exercício II

Leia os trechos a seguir, para após responder se certo ou errada cada afirmação sobre o mesmo:

“Constituição dos Estados Unidos da América (1787)

Nós, o povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a justiça, assegurar a tranquilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da Liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América.”

“Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

I. Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos; as distinções sociais não podem ser baseadas senão na utilidade comum.

IV. A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudique a outrem. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem outros limites senão os que assegurem aos membros da sociedade o gozo desses mesmos direitos; esses limites não podem ser determinados senão pela lei.”

“Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948

Art. 1º. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.”

 

“Constituição da República Federativa do Brasil (1988)

Capítulo I

Dos direitos e deveres individuais e coletivos

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...].”

Agora responda:

Sobre os trechos apresentados e sobre a construção/constituição dos Direitos Humanos, é correto afirmar que: ( marque um “x” entre parênteses nas afirmações corretas )

A- Embora defenda a ideia de igualdade entre os estadunidenses, a Constituição do país manteve em vigor a escravidão, que só seria abolida na década de 1860.  (  )      

B -A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, redigida no contexto da Revolução Francesa (1789-1799), foi inspirada em princípios liberais e iluministas e tornou constitucional o direito à cidadania de todos os franceses, sem distinção de gênero, raça ou condição social.   (  )           

C- A Constituição brasileira de 1988, promulgada em plena ditadura civil-militar, foi uma tentativa do governo brasileiro de reduzir as pressões do Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo restabelecimento da democracia no país.       (   )

C - O lema “liberdade, igualdade e fraternidade”, disseminado pelos revolucionários franceses, também foi incorporado na política externa, como no apoio do governo da França ao processo de independência da colônia de Santo Domingo (Haiti).                (   )

D - Constituição brasileira de 1988 reconheceu e assegurou aos remanescentes de quilombos o direito às terras tradicionalmente ocupadas.      (   )

E - Os ideais democráticos estabelecidos pela Constituição estadunidense foram determinantes para garantir que a expansão territorial em direção à costa oeste durante o século XIX tivesse ocorrido de forma pacífica e democrática entre os diferentes povos envolvidos. (   )

2 _ Leia o texto em seguida para responder em seguida sobre o mesmo:

“[...] a Declaração Universal representa um fato novo na história, na medida em que, pela primeira vez, um sistema de princípios fundamentais da conduta humana foi livre e expressamente aceito, através de seus respectivos governos, pela maioria dos homens que vive na Terra. Com essa declaração, um sistema de valores é – pela primeira vez na história – universal, não em princípio, mas de fato, na medida em que o consenso sobre sua validade e sua capacidade de reger os destinos da comunidade futura de todos os homens foi explicitamente declarado. [...] Somente depois da Declaração Universal é que podemos ter a certeza histórica de que a humanidade – toda a humanidade – partilha alguns valores comuns; e podemos, finalmente, crer na universalidade dos valores, no único sentido em que tal crença é historicamente legítima, ou seja, no sentido em que universal significa não algo dado objetivamente, mas algo subjetivamente acolhido pelo universo dos homens.” N. Bobbio. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

Agora responda:

Sobre a Declaração Universal mencionada no texto: ( marque um “x” entre os parênteses das afirmações corretas)

A)Foi instituída no processo da Revolução Francesa e norteou os movimentos feministas, sufragistas e operários no decorrer do século XIX. (     )

B) Assemelhou-se ao universalismo cristão, que também resultou no estabelecimento de um conjunto de valores partilhado pela humanidade. (   )

C)  Desenvolveu-se com a inclusão de princípios universais pelos legisladores norte-americanos e influenciou o abolicionismo nos Estados Unidos.(   )

D) Foi aprovada pela Organização das Nações Unidas e serviu como referência para grupos que lutaram pelos direitos de negros, mulheres e homossexuais na década de 1960.(   )

E) Originou-se do jusnaturalismo moderno e consolidou-se com o movimento ilustrado e o despotismo esclarecido ao longo do século XVIII.

 

Exercício III

Leia o texto em seguida para após responder sobre os mesmos:

“Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU, em 1948, a Unesco publicou estudos de cientistas de todo o mundo que desqualificaram as doutrinas racistas e demonstraram a unidade do gênero humano. Desde então, a maioria dos próprios cientistas europeus passou a reconhecer o caráter discriminatório da pretensa superioridade racial do homem branco e a condenar as aberrações cometidas em seu nome. SILVEIRA, R. Os selvagens e a massa: papel do racismo cientifico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, n. 23, 1999 (adaptado).”

Agora responda: ( Marque um “x” entre os parênteses das afirmações corretas )

A posição assumida pela Unesco, a partir de 1948, foi motivada por acontecimentos então recentes, dentre os quais se destacava o(a):

A) Ataque feito pelos japoneses à base militar americana de Pearl Harbor. (  )

B)Desencadeamento da Guerra Fria e de novas rivalidades entre nações. (  )

C) Morte de milhões de soldados nos combates da Segunda Guerra Mundial. (  )

D) Execução de judeus e eslavos presos em guetos e campos de concentração nazistas. (  )

E) Lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki pelas forças

norte-americanas.   (  )


Cultura

 








A cultura é compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, as religiões, música local, artes, vestimenta, entre inúmeros outros aspectos.

Para as ciências sociais (entre elas a sociologia e antropologia), cultura é uma rede de compartilhamento de símbolos, significados e valores de um grupo ou sociedade. São formados artificialmente pelo homem, ou seja, de uma maneira não natural.

A origem da palavra cultura vem do termo em latim colere, que significa cuidar, cultivar e crescer. Por isso o termo também está associado a outras palavras, como a agricultura, que trata do cultivo e crescimento das plantações.

Os elementos que compõem uma cultura são compartilhados pelos membros da sociedade, criando-se, assim, uma identidade cultural.

A cultura brasileira, por exemplo, é conhecida por sua grande mistura de povos, as grandes festas como o carnaval, a diversidade musical e até mesmo pelo bom futebol.

Mas é errado dizer que todos os brasileiros, assim como os cidadãos de outros países, possuem o mesmo comportamento ou reproduzem a mesma cultura pelo qual o seu país é conhecido.

Isso porque cada estado ou pequena região possui sua cultura tipicamente local, com diferentes comidas típicas, estilos musicais, comportamentos, dialetos, entre outros aspectos, que criam a identidade de um determinado grupo social.

A cultura é também um mecanismo cumulativo, porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte.

Ela perde e incorpora outros aspectos, numa forma de melhorar a vivência das novas gerações e acrescentar novos elementos.

Sendo assim, a cultura está sempre em transformação, motivada, em grande parte dos casos, pela troca entre diferentes povos. Aliás, impossível falar de cultura sem falar de troca, aspecto que caracteriza as culturas ao redor do mundo.


 Tipos de cultura

Cultura popular

A cultura popular é a base da cultura de qualquer povo e região. Uma característica importante deste tipo de cultura é que ela começa de baixo para cima, ou seja, são as classes populares quem determinam o que é essa cultura e como ela deve ser reproduzida.

Na cultura popular, seus elementos, como as danças, estilo musical, costume, entre outros, são transmitidos de geração para geração por um povo.

Por exemplo, nas festas, podemos identificar o Frevo, como pertencente ao estado de Pernambuco, e a Chula, do Rio Grande do Sul, criados, consequentemente, pelo povo.

 

Cultura erudita e cultura erudita

A cultura erudita é aquela reproduzida pela classe média ou alta de um povo, como os intelectuais e os artistas, sendo financiada pela elite econômica. É o tipo de cultura que está concentrada no meio acadêmico.

Um grande exemplo foi o movimento do Renascimento. Seus artistas, principalmente os pintores, eram financiados para produzir artes que seriam apreciadas pela elite social da época.

É importante saber que, mesmo sendo considerada uma cultura da elite, a cultura erudita não necessariamente será produzida por estas pessoas, mas sim financiada por elas.

Alguns exemplos da cultura erudita são as exposições em museus, as pinturas, o balé, a ópera, entre outros.

 

Cultura de massa

A cultura de massa une os aspectos da cultura erudita e da cultura popular, transformando-as em uma cultura mais acessível, simples e como entretenimento para o consumo geral.

 A cultura de massa se concentra principalmente nas grandes mídias, como a TV e redes sociais, focado no consumo.

Uma grande questão é que, através da cultura de massa, as culturas erudita e popular deixam de ser uma experiência, uma vivência e uma identidade, para se tornarem um conteúdo de entretenimento que pode ser vendido de alguma maneira.

Um exemplo é a pintura da Monalisa, de Leonardo da Vinci. Considerada parte da cultura erudita, a pintura da Monalisa começa ser usada pela cultura de massa em estampas de camisetas, ou com fotos editadas, reproduzidas principalmente nas redes sociais, numa forma de entretenimento.

Um exemplo de cultura popular transformada pela cultura de massa é o sertanejo. Esse estilo musical surgiu nos meios rurais, numa forma de descrever a vida no campo, mas a cultura de massa, através do sertanejo universitário, transformou o estilo em entretenimento acessível a outros públicos.

 

Cultura material

A cultura material são os aspectos da cultura que são tangíveis, ou seja, aqueles que podem ser tocados. São objetos físicos e concretos.

A cultura material são elementos produzidos manualmente pelo ser humano, e que se tornam aspectos físicos da cultura e tradição de um povo.

 Alguns exemplos de cultura material são: um cocar indígena, o Pelourinho na Bahia, o Centro Nacional de Ouro Preto, entre diversas outras.

 

Cultura imaterial

A cultura imaterial é considerada intangível, ou seja, os elementos que não podem ser tocados.

São, basicamente, os costumes e tradições que não são físicas e que precisam ser reproduzidos e vivenciados. Geralmente, um grupo social preserva este tipo de cultura em respeito à sua ancestralidade.

Alguns exemplos de cultura imaterial são a Literatura de Cordel, a Roda de Capoeira, o Frevo, entre outros.

 

Cultura organizacional

A cultura organizacional é o conjunto de hábitos, crenças e normas que estabelecem o comportamento dos funcionários dentro de uma determinada empresa.

A cultura organizacional define os princípios que constroem a identidade de uma organização, a forma como as pessoas se relacionam, se comunicam e se transformam.

 

Elementos da cultura

A cultura é definida por elementos abstratos, ou seja, ideias, crenças, valores e símbolos, e os elementos concretos, ou seja, objetos físicos que formam a sua estrutura.

Estes elementos estão associados às culturas material e imaterial da seguinte forma:

Elementos da cultura imaterial: são todas as ideias e símbolos que compõem uma cultura. Esses elementos estruturam uma cultura abstrata, ou seja, são os valores, as crenças, os símbolos e a linguagem que compõe um grupo social.

Elementos da cultura material: são todos os objetos físicos que compõe a cultura. Diferente dos imateriais, os elementos materiais da cultura são constituídos por elementos que podem ser tocados, como, por exemplo, as comidas típicas, roupas e monumentos.

 

Exercício

1)   O que se compreende como cultura?

2)   Para as ciências sociais, o que é cultura?

3)   Qual é a origem da palavra cultura?

4)   Como é criada uma identidade cultural numa sociedade?

5)   Pelo que é conhecida a cultura brasileira?

6)   Por quê não podemos dizer que todos os cidadãos de um país reproduzem a mesma cultura pelo qual se4u país é conhecido?

7)   Quais aspectos que criam a identidade cultural de um determinado grupo social podemos citar?

8)   Por quê a cultura é também um mecanismo cumulativo?

9)   Que tipo de cultura é a base da cultura de qualquer povo e região?

10)Qual é a característica importante  deste tipo de cultura?

11)Na cultura popular, como são transmitidos seus elementos ?

12)Quais exemplos de cultura popular podem ser citados?

13) O que é cultura erudita? Onde está concentrada?

14) Por quê o movimento do Renascimento é exemplo de cultura erudita??

15) Cite alguns exemplos de cultura erudita.

16)Em que consiste a cultura de massa ? Onde ela se concentra, principalmente?

17) Em que se tornam as culturas erudita e popular, através da cultura de massa? Cite um exemplo.

18)De que forma a pintura da Monalisa começa a ser usada pela cultura de massa?

19)Qual exemplo de cultura popular transformada em cultura de massa podemos citar? Como isso acontece?

20)Em que consiste a cultura material? Cite alguns exemplos.

21) O que é cultura imaterial? O que são, basicamente?

22) O que é cultura organizacional? O que ela define?

23) Por quais elementos a cultura é  definida?

24)quais são os elementos da cultura imaterial? O que a estrutura? Cite exemplos.

25) Quais são os elementos da cultura material? Pelo que são constituídos? Cite exemplos.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Meio Ambiente













                         O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na terra, ou seja, é
a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam e interagem.

                         Em resumo, o meio ambiente engloba todos os elementos vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na Terra. É tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os seres humanos, dentre outros.


                      Preservação Ambiental e Conservação Ambiental
 
             Qual a diferença entre Preservação e Conservação Ambiental?
             Os termos preservação e conservação ambiental são constantemente confundidos. Porém, cada um deles possui um significado e objetivos diferentes. 
Preservação Ambiental: É a proteção sem a intervenção humana. Significa a natureza intocável, sem a presença do homem e sem considerar o valor utilitário e econômico que possa ter. Conservação Ambiental: É a proteção com uso racional da natureza, através do manejo sustentável. Permite a presença do homem na natureza, porém, de maneira harmônica. Um exemplo de áreas de conservação ambiental são as unidades de conservação. Elas representam espaços instituídos por lei que objetivam proteger a biodiversidade, restaurar ecossistemas, resguardar espécies ameaçadas de extinção e promover o desenvolvimento sustentável.

                                 Meio Ambiente e Sustentabilidade

                    Atualmente, as questões ambientais envolvem a sustentabilidade. A sustentabilidade é um termo abrangente, que envolve também o planejamento da educação, economia e cultura para organização de uma sociedade forte, saudável e justa.    A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes desafios da humanidade. O termo sustentabilidade surge da necessidade de aliar o crescimento econômico com a preservação ambiental. A essa nova forma de desenvolvimento, damos o nome de desenvolvimento sustentável. Ele tem como conceito clássico ser aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.
                 Para que o desenvolvimento sustentável seja uma realidade é necessário o envolvimento de todas as pessoas e nações do planeta. As ações vão desde atitudes individuais até acordos internacionais.


                              Meio Ambiente no Brasil

                No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981, define os instrumentos para proteção do meio ambiente. É considerada o marco inicial das ações para conservação ambiental no Brasil.
Através dela, o meio ambiente é definido como: "o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas".
                A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida.
                Também visa assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
                A Constituição Federal Brasileira também possui um artigo que trata exclusivamente do Meio Ambiente. O artigo 225 cita que: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida...”
               Outras leis ambientais importantes que protegem os recursos naturais brasileiros e promovem ações voltadas à conservação e melhoria da qualidade de vida são:
              Política Nacional da Educação Ambiental - Lei nº 9.795 de 1999.
              Lei de Crimes Ambientais - Lei n.º 9.605 de 1998.
              Política Nacional de Recursos Hídricos - Lei nº 9.433 de 1997.
              O órgão responsável pelas ações e políticas ambientais no Brasil é o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

                                  Acordos Internacionais

            Dada a urgência e a preocupação mundial com os problemas ambientais e os impactos dele decorrentes, surgiram vários acordos e tratados internacionais. Eles propõem novos modelos de desenvolvimento, redução da emissão de gases poluentes e conservação ambiental.
            A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional desde a realização da Conferência de Estocolmo, em 1972. Após isso, ganhou novamente destaque na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-92 ou ECO-92), com a aprovação da Agenda 21.
           Outros importantes tratados e acordos internacionais voltados ao meio ambiente são:
Protocolo de Montreal: objetivo de reduzir a emissão de produtos que causam danos à camada de ozônio
Protocolo de Kyoto: objetivo de mitigar o impacto dos problemas ambientais, por exemplo, das mudanças climáticas do planeta terra.
Rio +10 - Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável: definição de ações voltadas para a preservação ambiental e aspectos sociais, especialmente de países mais pobres.
Rio +20 - Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável: reafirmação do desenvolvimento sustentável aliado à preservação ambiental.
Acordo de Paris: objetivo de conter o aquecimento global e reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Agenda 2030: objetiva orientar as nações do planeta rumo ao desenvolvimento sustentável, além de erradicar a pobreza extrema e reforçar a paz mundial.

                                      Educação Ambiental

                 A educação ambiental corresponde aos processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente. O seu objetivo é a compreensão de conceitos sobre o meio ambiente, sustentabilidade, preservação e conservação.
               Além da construção de novos valores sociais, aquisição de conhecimentos, atitudes, competências e habilidades para a conquista e a manutenção do direito ao meio ambiente equilibrado.

                                  Problemas Ambientais

              Nas últimas décadas, o meio ambiente vem sofrendo cada vez mais com a ação humana, uma delas é a prática da queimada. Como essa intervenção nem sempre é harmônica e de forma sustentável, surgem os problemas ambientais.

             Os principais problemas ambientais da atualidade são:

*Mudanças Climáticas
*Efeito Estufa
*Aquecimento Global
*Poluição da água
*Poluição do ar
*Destruição da Camada de Ozônio
*Extinção de espécies
*Chuva Ácida
*Desflorestação
*Desertificação
*Poluição

(Você também pode se interessar por: Problemas ambientais no Brasil
Conceitos Relacionados ao Meio Ambiente)


              Alguns conceitos importantes relacionados ao meio ambiente são:
Ecossistema: Conjuntos de seres vivos (Bióticos) e não vivos (Abióticos).
Seres Bióticos: Seres autótrofos (produtores) e heterótrofos (consumidores), ou seja, as plantas, os animais e os microrganismos.
Seres Abióticos: São os fatores físico-químicos presentes num ecossistema, como a água, os nutrientes, a umidade, o solo, os raios solares, ar, gases, temperatura, etc.
Biomas: Conjunto de Ecossistemas. Vale lembrar que os biomas que compõem o Brasil são: Biomas Amazônia, Bioma Caatinga, Bioma Cerrado, Bioma Mata Atlântica, Bioma Pantanal e o Bioma dos Pampas.

            Dias dedicados à natureza:

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 05 de junho, data inspirada na “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano”, realizada em Estocolmo, Suécia, no ano de 1972.

O Dia do Combate à Poluição é comemorado no dia 14 de agosto.

Movimentos Sociais














Os movimentos sociais podem ser definidos como grupos da sociedade formados com o objetivo de promover mudanças sociais e políticas.

Os participantes dos grupos sociais se unem para promover mudanças específicas e de acordo com os anseios, alterações sociais e políticas que desejam conquistar.

De forma geral, os movimentos sociais desejam mudanças contra a exclusão social e de direitos sofridas por alguns grupos.

A existência de movimentos sociais se justifica por conta das diferenças entre os indivíduos e, consequentemente, da exclusão de políticas e práticas voltadas para as necessidades reais e específicas de cada grupo.

A Constituição assegura direitos básicos e essenciais, mas faz isso de forma geral, sem levar em conta as diferenças regionais e particularidades mais específicas de determinados grupos. Para mudar a situação de exclusão, são então formados os movimentos sociais.

As movimentações organizadas pelos movimentos sociais, geralmente, acontecem através de manifestações, que podem ou não ser pacíficas.

Integram os movimentos sociais as Organizações Não Governamentais (ONGs), associações sindicais, movimentos rurais, movimentos por direitos civis e movimentos por direitos específicos, como o direito das mulheres, das populações LGBTQIAP+ e da população negra.

Movimentos Sociais no Brasil

Em nosso país, os movimentos sociais que reivindicavam as melhores condições de trabalho no campo, distribuição de terras e não substituição da mão de obra do campo por máquinas tiveram suas primeiras manifestações durante a década de 1950.

Os movimentos de maior destaque são o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Durante a década de 1960,grupos contra a ditadura, a favor dos direitos humanos, e que discordavam das práticas políticas e econômicas tiveram grande destaque. O período ditatorial impedia as manifestações populares, marchas e protestos contrários ao regime. Por conta disso, muitos movimentos sociais atuavam na clandestinidade.

No decorrer das décadas de 1980 e 1990 os movimentos feministas, negros, LGBTQIAP+, pelas crianças, pessoas portadoras do vírus da aids, cadeirantes, crianças, indígenas, por moradia e pelo meio ambiente ganharam mais visibilidade.

Uma série de outros movimentos sociais também surgiram ao longo dos últimos anos e estão em busca de políticas de inclusão, acesso a medicamentos, moradia, saúde e itens específicos e necessários para a qualidade de vida e consolidação da cidadania de indivíduos ou minorias socialmente excluídas.

Características dos Movimentos Sociais

Embora lutem por direitos específicos, os movimentos sociais possuem algumas características em comum para organizar as formas de ação e garantir que as mudanças e alterações sejam conquistadas.
Organização de um projeto e ideologia em comum e que considere as propostas relevantes ao movimento;
Estrutura hierárquica que possibilita várias lideranças;
Ações coletivas;
Organização de passeatas, greves, denúncias e marchas;
Manifestações que podem ou não ser pacíficas;
Revolucionários ou reformistas.


Classificação dos Movimentos Sociais

Para facilitar a compreensão e estudo dos movimentos sociais, eles são classificados em tipo , de acordo com a atuação e os projetos que defendem.
Organizações Não Governamentais (ONGs)

Organizações sociais sem fins lucrativos que se organizam para promover mudanças ou prestar assistência a grupos e realidades sociais específicas. Podem atuar na área da educação, saúde, saneamento, meio ambiente e nas mais diversas áreas.
Movimentos rurais/do campo

Lutam por questões de ligação com a reforma agrária, a produção industrial e massificada de alimentos e outros produtos agrícolas e contra a troca de mão de obra humana por máquinas.
Movimentos de classe

Ligados às diversas classes sociais e lutam por mudanças sociais e eliminação das desigualdades e exclusão social.
Movimentos reivindicatórios

Movimentos que reivindicam a solução de questões urgentes para um determinado grupo ou para toda sociedade.
Movimentos Políticos

Tem como objetivo ressaltar a importância da participação política. Pode ou não estar ligado a partidos políticos.

Independente do foco e dos objetivos do movimento, a intenção de todos é conquistar as mudanças e alterações, sejam elas políticas, sociais ou econômicas de acordo com o projeto que defendem e o grupo social que representam.

Globalização











A globalização é um termo que foi elaborado na década de 1980 para descrever o processo de intensificação da integração econômica e política internacional, marcado pelo avanço nos sistemas de transporte e de comunicação. Por se caracterizar como um fenômeno de caráter mundial, muitos autores preferem utilizar o termo mundialização.

É preciso lembrar, porém, que, apesar de ser um conceito recentemente elaborado, a sua ocorrência é antiga. A maioria dos cientistas sociais marca o seu início no final do século XV e início do século XVI, quando os europeus iniciaram o processo de expansão colonial marítima. Com isso, é possível perceber que a globalização não é um fato repentino e consolidado, mas um processo de integração gradativa que está constantemente se expandindo.

Leia também: Nova Ordem Mundial

Aldeia global

Muitos autores utilizam o termo “aldeia global” para se referir à globalização, pois ela não se limita aos planos políticos e econômicos, ocorrendo também no âmbito da cultura. Observa-se uma grande troca de costumes, hábitos e mercadorias culturais. Os animes japoneses e os filmes de Hollywood, por exemplo, são assistidos em todo o mundo.

A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do planeta.
A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do planeta.

Assim, muito se fala em uma padronização cultural. No entanto, há quem conteste essa tese, dizendo que os regionalismos também se ampliam, promovendo o aumento da heterogeneidade cultural. Outros chegam a afirmar que o que ocorre, na verdade, é uma hegemonização cultural, em que os costumes dominantes se impõem sobre os demais.

Para se ter uma ideia dos avanços tecnológicos e do aumento da velocidade nas trocas de informações, podemos comparar as notícias das mortes de duas personalidades mundialmente conhecidas. Em 1865, quando Abraham Lincoln faleceu, a notícia chegou à Europa treze dias depois. Em 2009, a morte de Michael Jackson estava sendo divulgada em tempo real para todo o mundo.

geógrafo e economista David Harvey, em sua obra “A condição pós-moderna”, utiliza-se de um conceito específico para se referir ao aumento da velocidade nas trocas comerciais e de informações: a compressão espaço-tempo. Isso porque, com os avanços nos meios de transporte, as grandes distâncias deixaram – ou estão deixando – de ser um obstáculo. Ao mesmo tempo, os avanços nos meios de comunicação também “encurtaram” o tempo, como no exemplo citado acima. O que se levava vários dias ou semanas para ser noticiado, hoje é conhecido pelo mundo todo em pouquíssimos segundos.

Leia também: Desigualdade social – grave problema que afeta todo o mundo

Críticas à globalização

O processo de globalização, em seus moldes atuais, vem sendo duramente criticado por alguns intelectuais e grupos sociais organizados. A principal afirmação é de que esse processo ocorre de uma forma que beneficia apenas as elites econômicas e os países dominantes, em detrimento das populações pobres e regiões de todo mundo.

O ponto central das críticas é que os avanços tecnológicos e das comunicações sempre alcançam primeiramente aqueles que possuem um poder aquisitivo superior. Outro fator é que, com as expansões das inúmeras multinacionais em todo o mundo, amplia-se a concentração de renda, de modo que o número de pessoas contempladas pelos benefícios da mundialização diminui constantemente. Um exemplo a ser citado é o fato de as três pessoas mais ricas do mundo somarem mais riquezas do que os 48 países mais pobres do mundo juntos.

Além disso, segundo os críticos da globalização, o processo de integração mundial foi construído tendo como base o modelo europeu de cultura e civilização. Assim, toda forma de conhecimento e comportamento teria sido estabelecida com base nos padrões eurocêntricos de moralidade, suprimindo povos e culturas tradicionais de outros países, considerados “inferiores” pela ideologia dominante.

geógrafo Milton Santos, em sua renomada obra Por uma outra Globalização, divide esse fenômeno em três abordagens: a) a globalização como fábula, ou seja, da forma como nos é contada; b) a globalização como perversidade, da forma como ela realmente é; c) a globalização como possibilidade, quando propõe a ideia de uma outra globalização, mais justa e igualitária.

Atualmente, os principais movimentos organizados para lutar contra a globalização ou contra as suas consequências são o Fórum Social Mundial e o Ocuppy Wall Street.